Voltamos!
Pois é depois de um tempo fora do ar, estamos de volta.
A partir de hoje, vocês poderão acompanhar tudo que acontece em meu programa, pela Rádio do Comércio, 1450 AM, que vai ao ar, de segunda a sexta, das 16 às 18 horas.
Quem desejar nos acompanhar é só acessar www.radiodocomercio.com.br.
Te espero lá.
Grande abraço!
.
quinta-feira, 1 de setembro de 2016
sábado, 5 de maio de 2012
Para que a TV no restaurante?
No restaurante aonde almoço quando estou trabalhando é um local, que, dependendo do horário é bem tranquilo, mas nem sempre isso acontece. Principalmente quando alunos dos cursos oferecidos pela instituição onde trabalho aparecem.
Como todos jovens falam alto, fazem barulho, mas nada que merecesse esta crônica ou qualquer comentário contrário a isso. Afinal eles não são os únicos. Há ainda os meus colegas de trabalho que, assim como eu, na ânsia de serem ouvidos também falam alto.
Até semana passada, para somar a quantidade de ruídos, havia uma televisão14 polegadasque ficava sempre ligada na programação da Globo e que raramente, por causa do barulho, era ouvida. Ou seja, não tinha razão para estar lá.
Nesta semana, quando retornei ao trabalho na quarta-feira, tomei conhecimento de que ela havia sido retirada. Que alegria! Que satisfação! Finalmente passaria a frequentar um restaurante que não tivesse um aparelho de TV.
Não sei se você que me lê agora já reparou que na maioria dos restaurantes há um aparelho de TV que você nunca consegue ouvir ou quando consegue, não dá para entender o que está sendo falado. Em alguns até usam o Closed Caption, mas as legendas vêm tão atrasadas que nem vale perder tempo.
Fico imaginando para que colocam TVs neste local. Um amigo meu chegou a brincar comigo que isso seria mais uma conspiração da Globo para dar audiência, porque todos os aparelhos ficam ligados na emissora carioca. É lógico que descartei tão coisa, mas que me intriga, ah isso me intriga.
Se você amigo leitor souber o porquê disso, mande uma resposta para mim através do endereço eletrônicofernandodebarros@gmail.com.
Mas, voltando ao fato da minha alegria que era a retirada da TV, qual não foi minha surpresa quando a gerente toda feliz veio me comunicar que na segunda-feira poderemos contar com um aparelho de LED para nos “divertimos” na hora do almoço.
Não sei se dei a perceber a ela, mas a minha cara não foi bem de quem ficou feliz pela “nova diversão”.
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sexta-feira, 27 de abril de 2012
E os e-mails continuam chegando...
Já tive oportunidade de comentar
com vocês a quantidade e qualidade de e-mails que recebo diariamente. Tem de
tudo um pouco. Desde hackers querendo me mandar acessar site de banco do qual
não tenho conta, até mesmo de profissionais de assessoria de imprensa, que por
ser eu o editor de uma coluna sobre televisão, me enviam tudo que podem para
divulgar seus assessorados.
Vou ser franco. Recebo mais de
150/dia, o que significa que não dá para ler todos. Alguns, por já saber o
conteúdo pelo assunto, nem me dou o trabalho de abrir. Para outros ainda uso um
recurso do Gmail que me facilita a sua leitura e um terceiro grupo, este sim,
abro e leio todo.
E fazendo isso nesta semana, aliás,
no mesmo dia que o jornalista Artur Xexéo tratou do mesmo tema na sua coluna semanal
do jornal O Globo, me deparei com duas “pérolas”.
A primeira foi sobre uma bailarina
do Faustão. Acompanhe abaixo o texto recebido.
“A bailarina do Faustão, Patrícia Gonçalves esteve hoje na praia do
Recreio, Rio de Janeiro, junto com a sua colega de ballet, Carol Oliveira. Elas
fizeram poses para as câmeras e é claro mostraram que estão em ótima forma e
com o bronzeado em dia”.
O e-mail vinha acompanhado de três
fotos – uma delas abre esta crônica, que foram claramente produzidas para isso.
Também recebi, da mesma empresa de
assessoria, um outro dando conta de que Núbia Olivier (?) esteve na festa de 24
anos de sua afilhada Twiggy Vilela (?), em São Paulo. O detalhe
da nota é o seu encerramento. Leiam e tirem suas conclusões “...a bela (Twiggy) se apresentou com um
vestido verde, curtíssimo e muito decotado. Núbia Óliiver também arrasou
no modelito e em um vestido colado ao corpo, esbanjou boa forma e aproveitou
para parabenizar a sua afilhada com um selinho”.
Este e-mail vinha acompanhado de 10
fotos as quais apaguei para não pesar a minha caixa postal.
Quero deixar bem claro que não
estou aqui criticando o trabalho destes profissionais que são pagos para fazer
o seu trabalho e o fazem, mas que poderia haver um discernimento um pouco maior
sobre o que é ou não noticia, ah! isso deveria ter sim.
terça-feira, 24 de abril de 2012
Nomes e nomes...
Um dia destes conversava sobre nomes estranhos com uma tia
minha e lá para tantas começamos a buscar na internet nomes de pessoas bem
estranhos para não dizer bizarros.
Foi uma busca rápida e bem profícua.
Só com a letra “A” achei mais de 100 entre eles Abrilina Décima
Nona Caçapava na Piratininga de Almeida, Acheropita Papazone, Adalgamir Marge,
Adegesto Pataca, Adoração Arbites e dois com o mesmo prenome: Agrícola Beterraba
Areia e Agrícola de Terra Fonseca. Ah, ainda na letra A, não posso deixar de
mencionar Ava Gina (em homenagem a Ava Gardner e Gina Lolobrigida).
Já na letra “B”, encontrei Bananéia Oliveira de Deus, Bandeirante
do Brasil Paulistano, Barrigudinha Seleida e Bende Sande Branquinho Maracajá,
entre outros.
Na letra “C”, achei – entre vários, Cantinho da Vila Alencar
da Corte Real Sampaio, Carneiro de Souza
e Faro, Caso Raro Yamada, Céu Azul do Sol Poente, Chananeco Vargas da Silva e Chevrolet
da Silva Ford.
Na letra “D” achamos Disney Landia Rodriguez Suarez (foto), Dezêncio Feverêncio de Oitenta e Cinco,
Dignatario da Ordem, Imperial do Cruzeiro, Dilke de La Roque Pinho, Disney
Chaplin Milhomem de Souza.
Na “E” temos Esparadrapo Clemente de Sá, Espere em Deus
Mateus, Estácio Ponta Fina Amolador e Éter Sulfúrico Amazonino Rios. Isso
mesmo, Eter Sulfúrico Amazonino Rios.
No conjunto dos nomes iniciados por “F” pincei Felicidade do
Lar Brasileiro, Finólila Piaubilina e Flávio Cavalcante Rei da Televisão.
Já na letra “G”, só havia dois Gigle Catabriga e Graciosa
Rodela D'alho
Na letra “H” foram encontrados Himineu Casamenticio das
Dores Conjugais, Holofontina Fufucas, Homem Bom da Cunha Souto Maior e Hypotenusa
Pereira
Nas letras “I” e “J” temos, entre outros, Ilegível
Inilegível, Inocêncio Coitadinho, Isabel Defensora de Jesus, Izabel Rainha de
Portugal, Janeiro Fevereiro de Março Abril, João Bispo de Roma e João Cara de
José entre outros.
Poderia continuar lista afora, mas vou poupá-los de tanto. Quem
desejar saber mais que recorra ao site http://algunsnomesestranhos.blogspot.com.br/.
Lá está a relação toda.
Voltemos, portanto, ao tom da crônica. Fico pensando como
ficam estas pessoas a quem os pais dão nomes sem pensar como serão no futuro. O
que será que passa pela cabeça destes pais. Muitos devem gostar porque não o
escondem. É o caso do senhor
Um Dois Três de Oliveira Quatro que morava na cidade de
Volta Redonda e sempre se apresentava assim.
Pode parecer para você, para mim, que temos nomes
considerados normais, encontrar alguém com um nome assim.
Acho mesmo que pior de ganhar um nome estranho e passá-lo ao
filho, colocando no seu final a palavra Junior.
Também conheci pessoas que trocavam estes nomes, chamados
estranhos, por outro. Na minha família tive dois casos. Um era de uma tia muito
querida que todos chamavam de Maria Helena. Era tia Maria Helena para lá, tia
Maria Helena para cá. O marido dela, meu tio Nelson, só a chamava pelo nome ou
de Malena. Seus filhos sempre a chamaram de Maria Helena, até que um dia veio à
tona a verdade: seu verdadeiro nome era Izaltina.
Outro caso é também de uma tia, também muito querida, mas que está ai viva e
esbanjando saúde que todos chamamos de Niza, embora seu nome seja Aniceta, um
nome espanhol, que lhe foi dado por seu pai.
Se você que me lê agora tiver algum nome estranho e não gostou
da crônica, me desculpe, mas a minha missão aqui foi apenas fazer o registro.
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sábado, 21 de abril de 2012
Nãna tá certa ou errada?
São 20 horas e dez minutos de uma noite de sábado e acabo de
conversar, se é que se pode chamar conversa uma função da qual nenhuma palavra
é emitida apenas escrita como fazemos pelo o facebook, com minha prima, Roseana
e que estava injuriada com o que ela achou uma violência cometida pela produção
do Caldeirão do Huck, no programa de hoje, no quadro Mandar Bem, no qual um
rapaz Kaio Vitor, foi premiado com um trailler e mais alguns prêmios em troca,
podemos dizer assim, da sua carrocinha de Yakisoba.
Nãna, como é chamada pelos mais íntimos, estava injuriada
com a cena na qual a carrocinha do rapaz era destruída em um ferro velho. Para ela
isso foi uma violência e bem que a produção poderia ter deixado de lado ao ver
o desespero do rapaz.
Expliquei a ela que nem sempre o que desejamos acontece nos
programas, principalmente quando a busca pela audiência é feroz, mas que
poderiam ter dado uma amenizada isso poderiam. Não o fizeram e não me pareceu
que o rapaz tenha sofrido tanto assim, mas acho que as produções tem obrigação de
pensar um pouco melhor antes de mandar para dentro de nossas casas cenas que
podem nos chocar.
Em todo caso, traumatizado ou não, o rapaz me pareceu bem
feliz no final quando não só ganhou diversos prêmios, mas também teve seu
trabalho reconhecido e deve estar recheado de pedidos.
Não termino esta crônica aqui e deixo-a aberta a comentários
tanto a favor da Nana como contra. Fiquem a vontade para opinar. Quem desejar
enviar e-mail pode fazer isso pelo fernandodebarros@gmail.com.
quinta-feira, 19 de abril de 2012
O ronco do primo
O ano não me lembro bem, mas foi por volta de
1968, 1969. Uma grande notícia chega à cidade de Volta Redonda: o filme
Lawrence da Arábia, um dos maiores sucessos da telona iria passar no cine Nove
de Abril.
Filas formavam à sua porta para ver as aventuras e desventuras tão anunciadas
naquele filme.
E como não podia deixar lá fui eu acompanhado de meu pai e de meu primo que morava no distrito Barão de Juparanã e estava passando uns dias em minha casa.
Antes de prosseguir deixe-me fazer um esclarecimento. Devíamos ter nesta época não mais do que 14 anos e Marco, este é o nome do meu primo, por morar num local onde as pessoas “acordavam com o galo e dormiam com ele” não estava acostumado com os horários da “vida corrida” de Volta Redonda. Para ele nove horas era tarde da noite e cinco da manhã era hora de já estar de pé.
Dito isso voltemos a nossa história.
Pois bem fomos para o cinema. A fita que tinha no seu elenco Peter O Toole, Omar Shariff, Alec Guiness e Anthony Quinn, era longa com cerca de quatro horas de duração e por isso só haveria uma sessão.
Fila, pacote de pipoca e amendoim na mão, as portas do Nove de Abril se abrem. Entramos, mas precisamos ficar apenas na galeria do cinema. Às oito horas em ponto o filme começa. Não havia comerciais como há hoje, apenas o “Atualidades Atlântida” que neste dia não foi ao ar.
Passados quinze minutos eu e meu pai ouvimos um forte barulho. As pessoas em nossa volta também. Olhamos, levantamos, procuramos e perguntávamos o que seria aquele forte barulho que conseguia até abafar o som do filme.
E como não podia deixar lá fui eu acompanhado de meu pai e de meu primo que morava no distrito Barão de Juparanã e estava passando uns dias em minha casa.
Antes de prosseguir deixe-me fazer um esclarecimento. Devíamos ter nesta época não mais do que 14 anos e Marco, este é o nome do meu primo, por morar num local onde as pessoas “acordavam com o galo e dormiam com ele” não estava acostumado com os horários da “vida corrida” de Volta Redonda. Para ele nove horas era tarde da noite e cinco da manhã era hora de já estar de pé.
Dito isso voltemos a nossa história.
Pois bem fomos para o cinema. A fita que tinha no seu elenco Peter O Toole, Omar Shariff, Alec Guiness e Anthony Quinn, era longa com cerca de quatro horas de duração e por isso só haveria uma sessão.
Fila, pacote de pipoca e amendoim na mão, as portas do Nove de Abril se abrem. Entramos, mas precisamos ficar apenas na galeria do cinema. Às oito horas em ponto o filme começa. Não havia comerciais como há hoje, apenas o “Atualidades Atlântida” que neste dia não foi ao ar.
Passados quinze minutos eu e meu pai ouvimos um forte barulho. As pessoas em nossa volta também. Olhamos, levantamos, procuramos e perguntávamos o que seria aquele forte barulho que conseguia até abafar o som do filme.
Depois de procurar encontramos o meu querido
primo em sono
profundo. O barulho era seu ronco!
Marco jamais viu as cenas de Lawrence da Arábia, dormiu o filme todo e só foi acordar quando as letrinhas subiam.
Marco jamais viu as cenas de Lawrence da Arábia, dormiu o filme todo e só foi acordar quando as letrinhas subiam.
Nota do
autor
Esta crônica foi publicada originalmente no
site Recanto das Letras, em 23 de novembro de 2007 e eu a terminava não de
forma como está acima, mas sim da seguinte maneira:
“Marco
jamais viu as cenas de Lawrence da Arábia, mas está fazendo de sua vida a vida
daquele personagem tão famoso e que marcou mais de uma geração com sua luta
pela igualdade, pela vida. Que ele tenha tanta sorte como teve a personagem”.
Hoje, Marco não está mais conosco. Batalhou muito,
mas em 2010, Deus precisou de um veterinário, de um homem digno, um pai de família
exemplar e o chamou para si. Ficou a saudade de todos aqueles que um dia
puderam usufruir pouco ou muito, não importa, da sua companhia.
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quarta-feira, 18 de abril de 2012
Tempo que não volta
Acabo de ver uma foto postada no facebook de meu primo em
que estava escrito: “Aproveite cada
minuto, porque o tempo não volta. O que volta é a vontade de voltar no tempo”.
E não é que é a pura verdade! Quantas vezes nos pegamos
pensando ou querendo voltar ao passado. Eu mesmo já revelei aqui que às vezes
me socorro das minhas memórias para deixar de lado as tristezas da vida.
É uma defesa, reconheço, mas que funciona. Nada melhor do
que lembrar do tempo de criança e adolescente em que a palavra compromisso não fazia
tanto parte do nosso vocabulário.
Saudade de andar a cavalo na chuva, de correr pela grama
sem se preocupar com nada, de tomar água de torneira sem pensar se ela está ou não
contaminada. De dividir um copo com um bando de amigos sem medo de pegar uma
doença.
De deixar à casa aberta sabendo que nenhum ladrão iria
aparecer. De comprar leite em uma carroça; de comer biscoito que era vendido a varejo e levávamos
para casa em sacos de papel que não estouravam.
Saudade dos colegas de escola, das professoras que tão bravas
e eficientes eram que ficaram na memória. Donas Maria Estela, Solange Wehaibe,
Ieda e tantas outras.
Saudade do pão com mortadela e do misto quente que a dona
Lelita, cantineira do colégio, preparava com tanto amor.
Saudade de um tempo, que como bem colocou meu primo, "de um
tempo que não volta mais".
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